Era só mais um casal na mesa ao lado, mas a sua indelicadeza persistia em apontar defeitos sobre eles. A reclamação era clara e fundamentada em um medo desconhecido de que aquilo que ocorria naquela mesa viesse a acontecer conosco. “Por que não separa logo ao invés de ficar assim?” Você continuava me perguntando e ‘alfinetando’ as duas pessoas que nem conhecia só porque estavam sentadas lado a lado e nem se olhavam. Por um momento cheguei a concordar com você, não me imaginava sentado ao seu lado na mesa de um bar sem que um bom papo surgisse.
Enquanto isso defendia a ideia de que essa enorme distância entre duas pessoas que se encontravam muito próximas tinha e não tinha explicação. Tinha explicação porque a sintonia que girava ao redor deles podia ser tão soberana que dispensava a conversa verbal e criava uma espécie de ‘diálogo diferente’, onde apenas o fato de estar perto e olhar nos olhos revelavam os desejos de um ao outro. E, não tinha explicação quando a sintonia era fraca, as preferências distintas, as ideias contrárias e por isso, acabava ficando diferente do ditado: “os opostos se atraem”.
Você alegava que aquilo era um defeito gigantesco para uma relação, que não conseguia entender como duas pessoas chegavam a esse nível de erro e o que era pior, condenava-os por sentarem-se à mesa de um bar e não conversarem, como se aquilo tudo fosse o fim do mundo.
Como último recurso para acabar com essa discussão besta e infantil, coloquei os dedos sobre o seu queixo e o puxei para o lado enquanto acariciava as maçãs do seu rosto com os dedos da outra mão. Um beijo mais demorado do que o de costume, um leve alisar de cabelo e um breve sussurro ao pé do ouvido: “O coração das pessoas são como pedras brutas de diamantes, a cada erro que cometem, uma lasca dessa pedra é retirada, até tornarem-se uma joia perfeita, valiosa e praticamente indestrutível. Por isso os ditados insistem em dizer que devemos aprender com os nossos erros. Errar é bom, partindo do principio de que é com eles que as pessoas se tornam melhores”.
Eu já disse que amo você, mas será que a gente pode mudar de assunto?
Brunão cumpade, muito bom.
ResponderExcluirParabéns.
Ricardo
Muito bom...!
ResponderExcluirEstá mandando muito bem. Adorei.
ResponderExcluirParabéns!
Até sei pra quem dissestes isso.
ResponderExcluirAdorei o texto Bruno, mas acho o silencio faz parte de uma relação saudável sim, pq não? Quando nos é permitido ficar em silêncio ao lado do outro sem nos sentirmos constrangido, eis o ápice da intimidade. :)) Beijos
ResponderExcluirmaneiroo!!
ResponderExcluirvocê esta cada vez melhor!
ResponderExcluirmudar o assunto???...gostei dessa !!!!kkk...ei menino já pensou em escrever um livro??? eu compraria ,muito bom o q escreve! parabéns.
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