quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Coma


Uma Luz intensa acertou-lhe os olhos. De repente, a escuridão se apoderou de tudo. Outro clarão intenso dominou seus olhos cansados. Novamente, a escuridão se fez. Perdido em pensamentos, mal conseguia distinguir os ruídos externos que transpassava por seus ouvidos. Outro clarão de luz surgiu. Forte. Impiedoso. Cegando seus olhos embaçados e cansados de tanto lutar contra as lágrimas. Lágrimas que não eram suas. A escuridão, agora dominava seus olhos. O frio apoderava-se de cada parte do seu corpo molhado em por algo viscoso. Não sentia fome. Não sentia dor. Não enxergava. Apenas ouvia. Com a audição prejudicada devida a idade e ao tempo que se encontrava nesse estado. Seguindo em constante declínio até não conseguir escutar os ruídos externos que lhes trazia a certeza de que ainda estava vivo. Estava mudo. Frio. Estático. No silêncio de um quarto repleto de aparelhos eletrônicos, tudo o que fazia era repousar. Dormir. Cochilar e Esperar. Esperar e Esperar. Não se mexia. Estava em coma profundo.

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